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Ré pelo assassinato de filha no RS, mãe tem processo suspenso para avaliação de insanidade mental, diz Justiça
11 outubro 2024 - 15h25
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O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) suspendeu o processo contra Kauana do Nascimento, de 31 anos, ré acusada de matar a filha a facadas em Novo Hamburgo no dia 9 de agosto deste ano. A decisão decorreu de uma avaliação em andamento de insanidade mental da mulher.

O crime aconteceu em uma residência no Centro do município na Região Metropolitana de Porto Alegre. Anna Pilar Cabrera tinha sete anos de idade.

A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que representa Kauana, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Anteriormente, a defensoria informou que só vai se manifestar nos autos do processo.

De acordo com o TJRS, enquanto essa avaliação não for concluída, o processo, que está em segredo de Justiça, deve permanecer parado. A mulher segue presa.

Em setembro, Kauana foi denunciada pelo Ministério Público. Na época, o promotor Robson Barreiro, da Promotoria Criminal de Novo Hamburgo, afirmou que o homicídio, que foi cometido com uma arma branca, possui quatro qualificadoras (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da menina e o fato de o crime ter sido cometido contra uma menor de 14 anos).

Em manifestação no mês de agosto, a Polícia Civil já afirmava não ter dúvidas de que a mãe teria esfaqueado a menina. Segundo o chefe de polícia do RS, delegado Fernando Sodré, testemunhas viram a mulher retirando o corpo da filha do apartamento onde viviam.

Relembre o caso
Segundo a Brigada Militar (BM), os indícios são de que a vítima teria sido atacada dentro do apartamento onde morava, no terceiro andar de um prédio na área central do município.

Vizinhos acionaram a polícia após ouvirem gritos. O local foi encontrado com os móveis sujos de sangue. Uma faca foi localizada em cima da cama. Quando os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram, a criança já estava sem vida no corredor do prédio. As facadas atingiram a barriga e o peito da menina. Conforme a polícia, ela provavelmente tentava fugir.

Os policiais militares que atenderam a ocorrência perguntaram aos vizinhos como era o comportamento da mãe com a filha.

"Conforme o relato prévio dos vizinhos, não houve qualquer indício de briga ou fato que indicasse esse resultado no local", afirma o capitão Gilson Borges Nunes, da BM.

A mãe teve que ser levada para o hospital porque também estava ferida com golpes de faca. Inicialmente, ela recebeu atendimento no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, depois foi transferida para uma unidade em Charqueadas.

Uma das linhas de investigação é de que ela teria se autolesionado após supostamente ter tirado a vida da filha. A outra possibilidade é de que ela tenha tentado se matar.

Conforme o Tribunal de Justiça do RS, a juíza Fabiana Pangel considerou que estão presentes indícios de autoria do crime e por isso, converteu o flagrante em prisão preventiva, sem prazo para soltura.

"A gravidade com que se deu o crime necessita de maiores investigações, indicando a necessidade de manutenção da segregação da custodiada, a fim de garantir a devida instrução criminal", diz a magistrada.

O pai da criança é argentino e estava separado da mãe da menina. O corpo de Anna foi sepultado no dia 11 de agosto.



Fonte: g1 RS.

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